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Oiie!

Não devemos por rótulos nas pessoas. Cada um é mais do que aparenta e menos do que dizem. O preconceito é o grande mal da humanidade.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Agora que descobri como voar,


que direção devo seguir noite adentro? [...] A escuridão atrás de mim não me preocupa, nem as estrelas à frente."

"Não entre docemente naquela boa noite

A velhice deve arder e delirar ao fim do seu dia;
Revolte-se, revolte-se contra o apagar da luz.
Embora os sábios, ao morrer, saibam que a escuridão é o certo
Porque suas palavras não provocam centelhas, eles
Não entram docemente naquela boa noite."


Trecho do livro Destino ("Matched") de Ally Condie

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dream girl


Vago no tempo das minhas lembranças.
Do que já passou,
E do que sequer aconteceu.
Perco-me no infinito dos possibilidades
Que eu mesma crio.
E que são apenas do meu conhecimento.
Perco o tempo que passa
Diante dos meus olhos,
Mas que não vejo.
Crio histórias infinitas,
De amores impossíveis
Vencidos por um beijo.
Fujo da correria do mundo
E me perco na minha loucura
De viver sonhando.

domingo, 15 de maio de 2011

Pesadelo


De repente o negro automóvel lançou-se em frente às três garotas.
O que fazer?
Nessas horas a adrenalina parece não surgir.
O cérebro não funciona mais rápido, pelo contrário.
O pavor toma conta do corpo tornando-o teso.
O tempo parece estar em "câmera lenta".
Correr?
Não há como!
O desespero as deixa incapazes de tomar qualquer atitude
E então é isso.
Não como escapar; não há o que fazer.
Apenas aceitar o fato de que irão morrer enquanto esperam por um milagre.
Um vidro aberto deixa transparecer o objeto, tão negro quanto a aura de quem está dentro do automóvel.
Alguém segura uma arma.
A morte parece cada vez mais próxima.
Do outro lado da rua, uma mulher se vira discretamente para observar a cena.
Uma oportunidade?
A garota da direita dá o grito mais alto, estridente e agudo de sua vida. Como ela nunca se julgou capaz de fazer. Esperava que esse grito pudesse salvá-las do destino que estava por vir.
Mas infelizmente, as coisas não sucederam como o ocorrido.
"Pow".
Um barulho irrompe o silêncio que se formou depois do grito.
Olhos assustados e curiosos saem de todos os cantos procurando entender o que aconteceu.
Peito: O local atingido pelo tiro.
Mas a garota da direita percebeu que o tiro não havia pegado nela.
Não era ela que iria morrer.
A garota da esquerda assistia a tudo aterrorizada e boquiaberta.
Incapaz de fazer qualquer movimento e até mesmo de pensar.
O barulho de um corpo caindo no chão.
Foi a garota do meio a atingida pelo tiro.
Seus olhos medrosos e suplicantes atingiram a garota da direito em cheio.
A menina sentiu a culpa preencher todo o seu corpo.
A mais alta e mais bela das três, não teve mais que alguns segundos de vida.
Como presenciar aquela cena?
Ver sua colega morrer diante dos seus olhos.
Morria de culpa, pois sabia que o tiro era para ela, mas uma felicidade crescia em seu peito por saber que ainda estava viva.
Um homem surgiu do nada.
Um colete; um distintivo: Um policial!
De repente tudo se desfez, mas a menina da direita e a menina da esquerda jamais seriam as mesmas. Sempre levariam em sua memória o olhar da menina do meio, enquanto morria sem direto à despedidas.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

- Diálogo


- Mas amiga vocês não tem nada em comum: não gostam das mesmas músicas; não curtem os mesmos tipos de filme; Nem sequer estudam na mesma escola...

A outra não respondeu, então a primeira continuou:

- Vocês não vão ter assunto pra conversar e logo vão enjoar um do outro. Pra que insistir nisso mesmo?

- Porque eu simplesmente não consigo parar de pensar nele. Porque quero estar com ele todo o tempo e quando não estou, o tempo parece não passar, o ar fica pesado, difícil de respirar. Porque com ele posso ser eu mesma e ele me faz sentir especial. Porque é divertido estar com ele, faz eu me sentir bem. Tá bom ou ainda precisa mais?

Depois de um tempo em silêncio a amiga respondeu:

- Tá perfeito!