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Oiie!
sexta-feira, 29 de julho de 2011
rápido e rasteiro - Chacal
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Motivo - Cecília Meireles
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
sábado, 9 de julho de 2011
Ninguém é
quarta-feira, 6 de julho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
*Cansada*
quarta-feira, 15 de junho de 2011
poema:
quarta-feira, 8 de junho de 2011
# Contos: Último Desejo
Ela estava parada na frente da porta da casa dele. Já havia uns 15 minutos que havia chegado e ainda o esperava. Não quis bater na porta, apenas ficou ali. Sentada no degrau esperando por ele.
Três minutos depois ela o viu dobrar a esquina com um amigo. Então seu coração acelerou. Os dois garotos estavam rindo e conversando. Ela se sentiu estúpida por ter esperado por todo esse tempo, mas era ele e ela tinha certeza de que agora iria até o fim.
Quando ele se aproximou ela ficou de pé.
- Preciso falar com você... - Ele a olhou surpreso. Nunca havia escutado esse tom de seriedade e preocupação na voz dela. Podia perceber também que ela estava nervosa. – À sós. – Ela continuou.
- Tudo bem... – Ele disse se dirigindo ao amigo: - Falo com você amanhã mano, beleza?
- De boa! – O amigo respondeu e continuou andando.
- O que você está fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou casualmente.
- Eu não posso explicar agora, mas se eu te pedisse pra realizar meu último desejo você faria?
- Como é? – Ele perguntou perplexo – Que conversa é essa garota?
- Você faria?
- Faria o que?
- Se eu te dissesse que vou partir amanhã e que meu último desejo é um beijo seu, você me daria?
Ele não respondeu. Apenas a olhou confuso.
Ela não falou nada, apenas esperou pela sua resposta.
Depois de algum tempo, ele disse:
- Eu sempre te achei meio estranha, mas isso é demais! Vai pra casa que é o melhor que você faz!
Ele entrou em casa e olhou para ela parada de pé em frente a sua porta antes de fechá-la.
No dia seguinte, ele foi para a escola e depois de um tempo percebeu que a garota não estava presente. Perguntou para seus colegas e ninguém sabia dizer o que tinha acontecido. Então, resolveu perguntar a um professor e este lhe disse:
- Ela foi fazer intercâmbio. Vai passar um ano na França.
Ele ficou assustado com aquela notícia, mas não deu muita importância.
O ano letivo terminou e no ano seguinte a garota não havia voltado pra escola. Provavelmente teria mudado de colégio. No outro ano, cada aluno entrou para uma faculdade diferente e a maioria deles perdeu contato. Nem nos encontros de ex-alunos do colégio era a mesma coisa.
Mas os anos passaram e ele nunca mais soube da garota, até o dia que um carteiro chegou com uma correspondência do exterior.
Ele abriu, curioso para saber do que se tratava. Então viu uma carta datada de três anos atrás. Nela dizia:
“Querido Ítalo,
Eu espero que você esteja bem. Você provavelmente não se recorda mais de mim. Mas com certeza deve se lembrar daquele dia, na porta de sua casa, em que pedi que me concedesse um último desejo. Bem, eu já estava com tudo pronto para me mudar para França. Mas eu não queria vir. Não se você me dissesse que era para ficar. Sinceramente, eu nunca tive coragem para dizer que te amava. Eu guardei o sentimento para mim, pois não sabia se você gostava de mim. E, naquele dia, cheguei à conclusão que não. Eu não iria aguentar viver mais tendo que te ver todos os dias sem ser notada. Te amando loucamente em segredo. Eu não suportaria ver você rir de mim, achando que era louca. Então eu vim para cá. E desejei todos os dias que você pudesse estar ao meu lado. Acordar cedo nas manhãs frias, jantar no sofá vendo TV, brigar por não pagar a conta de luz. Mas sempre que pensava em você, logo as imagens do seu rosto, sua boca, seu cabelo e suas mãos, eram substituídas por você fechando a porta na minha cara. Mas eu não te culpo. Eu te perdoei, há muito tempo. Eu não sei se você está casado, se já tem filhos, no que você se formou, se trabalha. Eu não sei nada de sua vida, eu não faço parte dela. E nem você faz da minha. Mas eu só queria que você soubesse que todo esse tempo eu te amei. E, independente do que aconteça, continuo te amando. Todos os dias da minha vida. Um grande beijo. Michele.”
Ao terminar de ler a carta, seus olhos estavam marejados e seu coração batia apressadamente.
No dia seguinte, ele desmarcou todos os compromissos no emprego e disse que precisaria fazer uma viagem urgente. Ele viajou por horas, e finalmente encontrou o endereço da carta.
Chegando lá chamou, mas a senhora que saiu de dentro da casa disse que não conhecia nenhuma Michele. Quando ele já estava indo embora, se dando por vencido, um homem veio até ele.
- Você está procurando por Michele Brito?
- Isso! Você a conhece?
- Conhecia...
- Qual é o seu nome?
- Ah, claro. Me chamo Peter!
- E... você era namorado dela?
- Como se ela tivesse me dado chance. Nenhum de nós foi páreo para um tal de Ítalo aí... – Mas como você disse que se chamava mesmo?
- Alan! Alan Ferreira! Sou primo de Michele!
- Ah, claro! Eu vou te levar até onde ela está.
Os dois entraram num carro e algum tempo depois pararam em um cemitério.
- Eu... Eu não entendo... – Ítalo sussurrou confuso.
- Jura? – Peter disse indiferente.
Eles caminharam até que Peter lhe apontou uma lápide com o nome de Michele Brito.
- Ela... Ela... Está... Morta?
- Demorou um pouco pra cair a ficha hein companheiro?
- Muito obrigado! – Ítalo disse enquanto saia do cemitério triste e confuso.
Anos depois.
- Onde Catarina está? – Ele disse arfando. Estava com pressa.
- Catarina de quê, senhor? – A recepcionista do hospital respondeu.
- Ferreira! Catarina Ferreira!
- Quarto 512.
- Obrigado! – Ele atravessou as portas correndo quase se esbarrando com uma porção de enfermeiras que brigavam com ele por correr dentro do hospital.
Ao chegar no quarto ele avistou as duas. Pareciam extremamente lindas. Ele sorriu largamente e beijou a testa de Catarina.
- Uma menina... – Ele admirou a criança, beijando também na testa – Desculpe não ter chegado mais cedo – Ele falou para a esposa.
- Tudo bem, eu entendo. O importante é que você está aqui, agora.
- E nunca vou sair do lado de vocês!
- Que tal escolher o nome, papai!
- Não precisa. Eu já sei! Diz “oi” pra mamãe, Michele!
terça-feira, 7 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
♫ Get it right (tradução) - Glee
Acertar
Eu não vou dizer que te amo;
Para que essas doces palavras falsas não inundem seu coração com esperança.
domingo, 5 de junho de 2011
Eu admito!
Todos os dias
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Eles podem falar o que quiserem
Independente de ser verdade, ou não.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
♫
Tinha que engravidar, criar, envelhecer, morrer... Como todos esperavam!
Tinha que renunciar, agradar, obedecer, vencer... Como todos desejavam!
Até que ela partiu, ela partiu pra bem longe
Pra distante o bastante pra suportar
Ela partiu, ela partiu pra bem longe
Tão distante parada no mesmo lugar
Ela partiu, ela partiu pra bem longe
Pra distante o bastante pra suportar
Ela partiu, ela partiu pra bem longe
Tão distante, onde nunca deixou de estar
Ela partiu... Ela partiu ao meio.
Longe aqui - Jay Vaquer
segunda-feira, 23 de maio de 2011
"Agora que descobri como voar,
"Não entre docemente naquela boa noite
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Dream girl
domingo, 15 de maio de 2011
Pesadelo
De repente o negro automóvel lançou-se em frente às três garotas.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
- Diálogo
- Mas amiga vocês não tem nada em comum: não gostam das mesmas músicas; não curtem os mesmos tipos de filme; Nem sequer estudam na mesma escola...
sábado, 30 de abril de 2011
~>
sábado, 23 de abril de 2011
Pensei q não seria assim...
quarta-feira, 20 de abril de 2011
--
terça-feira, 19 de abril de 2011
Gram - Tem cor
O maior amor do mundo
-
segunda-feira, 18 de abril de 2011
- Música -
#
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Best'as
Tem uma pessoa no mundo com quem eu posso ser infantil, me permitir voltar a ser criança e brincar como nos velhos tempos.
Alguém que me entende, e por mais que a verdade possa doer, a joga na minha cara.
Alguém me diz quando estou errada e que viaja nas minhas loucuras.
Tem uma pessoa no mundo, a quem eu posso contar todos os meus segredos. Que não vai me julgar, nem me condenar por escolhas mal feitas.
Alguém que vai me dar seu colo para eu deitar, seu ombro para eu chorar e seu abraço quando eu simplesmente estiver me sentindo carente.
Tem duas pessoas no mundo com quem eu posso contar sempre. Que não vão me recriminar e vão completar quando eu começar a cantar:
♫ Tinha uma dúzia de porcos tão bonitinhos, tindirilin...
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Sociopatia
sábado, 9 de abril de 2011
Imaginação
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Uma varanda, uma cadeira de balanço e um caderno velho - Parte II
- Homens não choram! Homens não choram!
Sussurrava repetidamente para si enquanto tentava conter as teimosas lágrimas que insistentemente lhe escapavam dos olhos.
- Eu prometi a mim mesmo que não iria chorar!
Era sempre a mesma coisa! Um ano tentando esquecer e um dia em que tinha que desmoronar.
No começo era mais difícil, doía mais. Com o passar do tempo ele foi se habituando à dor.
Quem visse de longe poderia até dizer que eram amigos.
No início, ele não acreditou, mas quando a dor veio, mostrando que tudo era real, ele a aceitou de bom grado. E foi sucumbindo a ela.
E nunca olhou para trás!
Pois não saberia se teria coragem de seguir em frente.
Foi num fim de tarde outono. O tempo estava morno e o chão repleto de folhas marrons. Mesmo quando o fim de algo se aproxima, tudo que está em volta demonstra toda a sua vivacidade.
“- Eu preciso de um tempo para pensar!”
Foi a pior frase que ele poderia ter ouvido.
Já havia notado que ela estava diferente, deu espaço, deu tempo a ela.
Mas ouvir isso assim, dessa forma... Era dor demais!
Ele não sabia se poderia suportar.
Voltou para casa arrasado naquela noite.
Não queria crer.
Dia 12/09.
O dia a partir do qual, todo ano ele se desmancharia em lágrimas e dor.
Ele esperou, esperou e esperou por ela.
Passou noites acordado esperando que ela ligasse, e mesmo que não dissesse nada, saberia que seria ela do outro lado da linha.
Mas ela não ligou.
“Provavelmente seguiu em frente... Coisa que eu não consegui fazer!”. Ele pensava.
Foi até a casa dela inúmeras vezes, mas não encontrou coragem para bater na porta.
Teve medo, de dizer que ainda a amava enquanto ela poderia estar casada com outro e com filhos.
Então, fez uma promessa a si mesmo.
Que não amaria nenhuma outra mulher; Que não se entregaria a nenhum outro abraço que não fosse o de sua amada.
E assim ele passou os dias.
E em meio a solidão, dialogava consigo mesmo.
Mas um dia, sua loucura se tornou patologia.
E a única herança que deixou, foi uma carta que pediu a seu amigo que entregasse a ela.
A doença ele foi se tornando cada vez mais grave, até que chegou o dia, de sua alma se reunir com os anjos. Como prometido, seu amigo entregou a carta à moça. A carta dizia:
Lúcia,
Sei que se essa carta chegou em suas mãos, é porque eu jamais poderei te ver novamente. Lamento fazê-la perde seu tempo comigo, mas não poderia morrer em paz se você não souber disso: EU TE AMO!
Eu sempre te amei, Lucy!
Mas, por alguma razão, você não me quis mais.
Eu não lutei, Lucy, mas não por falta de amor, mas por aceitar viver sem você, se fosse isso que você realmente queria.
Eu te esperei... Durante cada dia, minuto, segundo da minha vida.
Mas você não veio.
Lucy, espero que você seja muito feliz com a sua família (eu espero que você tenha uma), que te ama muito! (Assim como eu!)
Agora, Lucy, eu vou continuar te esperando, para que um dia, nós possamos, enfim, ficar juntos.
Com amor, Tom.
Ela não chorou, apenas dobrou a carta e a guardou. Voltou para sua casa e sentou-se em sua cadeira de balanço. E a partir desse dia, passou a implorar que Deus a levasse; que a morte não demorasse a chegar, para que pudesse se reunir pela última vez, e para sempre, com o homem que amou a sua vida inteira.