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Oiie!

Não devemos por rótulos nas pessoas. Cada um é mais do que aparenta e menos do que dizem. O preconceito é o grande mal da humanidade.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

rápido e rasteiro - Chacal


vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.

aí eu paro
tiro o sapato
e danço o resto da vida.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Motivo - Cecília Meireles


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

quinta-feira, 14 de julho de 2011



Qual é o limite para se suportar calado?
Quando é a maneira correta para se dizer que o que parecia certo, não passou por um caminho mal traçado pelas peripécias do destino?
Até quando é seguro prender o choro?
Como caminhar quando falta forças para dar o primeiro passo?
Como compreender, respeitar, amar, sorrir, sentir, viver?

Como

sábado, 9 de julho de 2011

Ninguém é


APENAS o que deixa transparecer, muito menos TUDO aquilo que falam.
Ninguém diz que tá mal quando perguntam se está bem.
Ninguém acredita de cara em todo mundo, depois que já foi traído por alguém que merecia a sua confiança.
Ninguém é completamente bom ou completamente mau. O que existe são pessoas tentando fazer o que é certo e outras que nunca souberam diferenciar o certo do errado.
E, se existem pessoas solitárias, talvez elas ainda não tenham aprendido a amar.

quarta-feira, 6 de julho de 2011



Onde ela encontrava seu lugar seguro.

Onde nada a machucava.

Onde nada podia detê-la.

Onde ninguém a criticava, nem julgava.

Onde podia ser o que quisesse.

Onde a dor dos personagens, era também a sua dor.

E onde sabia que não estava sozinha.

Nos livros.



teardropsandrain

sábado, 18 de junho de 2011

*Cansada*


Vencida.
Sozinha.
Incompreendida.
Ignorada.
Sem confiança.
Perdida.
Ferida.
Confusa.
E quando me sinto assim, você ainda quer que eu sorria
porque acha que eu tenho obrigação de estar bem o tempo TODO?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

poema:



‎"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 8 de junho de 2011

# Contos: Último Desejo



Ela estava parada na frente da porta da casa dele. Já havia uns 15 minutos que havia chegado e ainda o esperava. Não quis bater na porta, apenas ficou ali. Sentada no degrau esperando por ele.

Três minutos depois ela o viu dobrar a esquina com um amigo. Então seu coração acelerou. Os dois garotos estavam rindo e conversando. Ela se sentiu estúpida por ter esperado por todo esse tempo, mas era ele e ela tinha certeza de que agora iria até o fim.

Quando ele se aproximou ela ficou de pé.

- Preciso falar com você... - Ele a olhou surpreso. Nunca havia escutado esse tom de seriedade e preocupação na voz dela. Podia perceber também que ela estava nervosa. – À sós. – Ela continuou.

- Tudo bem... – Ele disse se dirigindo ao amigo: - Falo com você amanhã mano, beleza?

- De boa! – O amigo respondeu e continuou andando.

- O que você está fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou casualmente.

- Eu não posso explicar agora, mas se eu te pedisse pra realizar meu último desejo você faria?

- Como é? – Ele perguntou perplexo – Que conversa é essa garota?

- Você faria?

- Faria o que?

- Se eu te dissesse que vou partir amanhã e que meu último desejo é um beijo seu, você me daria?

Ele não respondeu. Apenas a olhou confuso.

Ela não falou nada, apenas esperou pela sua resposta.

Depois de algum tempo, ele disse:

- Eu sempre te achei meio estranha, mas isso é demais! Vai pra casa que é o melhor que você faz!

Ele entrou em casa e olhou para ela parada de pé em frente a sua porta antes de fechá-la.

No dia seguinte, ele foi para a escola e depois de um tempo percebeu que a garota não estava presente. Perguntou para seus colegas e ninguém sabia dizer o que tinha acontecido. Então, resolveu perguntar a um professor e este lhe disse:

- Ela foi fazer intercâmbio. Vai passar um ano na França.

Ele ficou assustado com aquela notícia, mas não deu muita importância.

O ano letivo terminou e no ano seguinte a garota não havia voltado pra escola. Provavelmente teria mudado de colégio. No outro ano, cada aluno entrou para uma faculdade diferente e a maioria deles perdeu contato. Nem nos encontros de ex-alunos do colégio era a mesma coisa.

Mas os anos passaram e ele nunca mais soube da garota, até o dia que um carteiro chegou com uma correspondência do exterior.

Ele abriu, curioso para saber do que se tratava. Então viu uma carta datada de três anos atrás. Nela dizia:

“Querido Ítalo,

Eu espero que você esteja bem. Você provavelmente não se recorda mais de mim. Mas com certeza deve se lembrar daquele dia, na porta de sua casa, em que pedi que me concedesse um último desejo. Bem, eu já estava com tudo pronto para me mudar para França. Mas eu não queria vir. Não se você me dissesse que era para ficar. Sinceramente, eu nunca tive coragem para dizer que te amava. Eu guardei o sentimento para mim, pois não sabia se você gostava de mim. E, naquele dia, cheguei à conclusão que não. Eu não iria aguentar viver mais tendo que te ver todos os dias sem ser notada. Te amando loucamente em segredo. Eu não suportaria ver você rir de mim, achando que era louca. Então eu vim para cá. E desejei todos os dias que você pudesse estar ao meu lado. Acordar cedo nas manhãs frias, jantar no sofá vendo TV, brigar por não pagar a conta de luz. Mas sempre que pensava em você, logo as imagens do seu rosto, sua boca, seu cabelo e suas mãos, eram substituídas por você fechando a porta na minha cara. Mas eu não te culpo. Eu te perdoei, há muito tempo. Eu não sei se você está casado, se já tem filhos, no que você se formou, se trabalha. Eu não sei nada de sua vida, eu não faço parte dela. E nem você faz da minha. Mas eu só queria que você soubesse que todo esse tempo eu te amei. E, independente do que aconteça, continuo te amando. Todos os dias da minha vida. Um grande beijo. Michele.”

Ao terminar de ler a carta, seus olhos estavam marejados e seu coração batia apressadamente.

No dia seguinte, ele desmarcou todos os compromissos no emprego e disse que precisaria fazer uma viagem urgente. Ele viajou por horas, e finalmente encontrou o endereço da carta.

Chegando lá chamou, mas a senhora que saiu de dentro da casa disse que não conhecia nenhuma Michele. Quando ele já estava indo embora, se dando por vencido, um homem veio até ele.

- Você está procurando por Michele Brito?

- Isso! Você a conhece?

- Conhecia...

- Qual é o seu nome?

- Ah, claro. Me chamo Peter!

- E... você era namorado dela?

- Como se ela tivesse me dado chance. Nenhum de nós foi páreo para um tal de Ítalo aí... – Mas como você disse que se chamava mesmo?

- Alan! Alan Ferreira! Sou primo de Michele!

- Ah, claro! Eu vou te levar até onde ela está.

Os dois entraram num carro e algum tempo depois pararam em um cemitério.

- Eu... Eu não entendo... – Ítalo sussurrou confuso.

- Jura? – Peter disse indiferente.

Eles caminharam até que Peter lhe apontou uma lápide com o nome de Michele Brito.

- Ela... Ela... Está... Morta?

- Demorou um pouco pra cair a ficha hein companheiro?

- Muito obrigado! – Ítalo disse enquanto saia do cemitério triste e confuso.

Anos depois.

- Onde Catarina está? – Ele disse arfando. Estava com pressa.

- Catarina de quê, senhor? – A recepcionista do hospital respondeu.

- Ferreira! Catarina Ferreira!

- Quarto 512.

- Obrigado! – Ele atravessou as portas correndo quase se esbarrando com uma porção de enfermeiras que brigavam com ele por correr dentro do hospital.

Ao chegar no quarto ele avistou as duas. Pareciam extremamente lindas. Ele sorriu largamente e beijou a testa de Catarina.

- Uma menina... – Ele admirou a criança, beijando também na testa – Desculpe não ter chegado mais cedo – Ele falou para a esposa.

- Tudo bem, eu entendo. O importante é que você está aqui, agora.

- E nunca vou sair do lado de vocês!

- Que tal escolher o nome, papai!

- Não precisa. Eu já sei! Diz “oi” pra mamãe, Michele!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

♫ Get it right (tradução) - Glee

Acertar

O que foi que eu fiz?
Queria poder fugir desse navio se afundando.
Só tentando ajudar, machuco todo mundo.
Agora eu sinto o peso do mundo sobre meus ombros

O que você pode fazer quando o seu melhor não é bom o suficiente
E tudo que você toca desaba
Porque minhas melhores intenções continuam fazendo uma confusão de coisas
Eu quero apenas corrigir isto de alguma forma
Mas quanto tempo vai levar ... oh quantas tentativas serão necessárias
Para acertar ... para acertar

Será que eu posso começar de novo, com minha fé abalada
Porque eu não posso voltar atrás e desfazer isso
Eu só tenho que permanecer firme e encarar os meus erros, se eu ficar mais forte e mais sábia
Eu vou passar por isso

O que você pode fazer quando o seu melhor não é bom o suficiente
E tudo que você toca desaba
Porque minhas melhores intenções continuam fazendo uma confusão de coisas
Eu quero apenas corrigir isto de alguma forma
Mas quanto tempo vai levar ... oh quantas tentativas serão necessário para que eu
Acerte ...

Então, eu tenho que dar de ombros , dar um soco no ar
E aceitar a verdade, às vezes a vida não é justa
Sim, eu vou fazer um desejo, sim eu vou fazer uma oração
Se eu me esforçar, alguém vai ver, o quanto me importo

O que você pode fazer quando o seu melhor não é bom o suficiente
E tudo que você toca desaba
Porque as minhas melhores intenções continuam fazendo uma confusão de coisas
Eu quero apenas corrigir isto de alguma forma
Mas quanto tempo vai levar ... oh quantas tentativas serão necessárias ...
Para acertar ... para acertar

Eu não vou dizer que te amo;


Para que essas doces palavras falsas não inundem seu coração com esperança.
Eu não vou dizer que te amo;
Quando suas mentiras alegrarem meus ouvidos com o que ele quer ouvir.
Eu não vou dizer que te amo;
Quando nossos lábios estiverem imersos num beijo ardente e desejado.
Eu não vou dizer que te amo;
Quando você descobrir que aquele terá sido nosso último beijo.
Eu não vou dizer que te amo;
Quando a solidão vier me fazer companhia.
Eu não vou dizer que te amo;
Quando a saudade me fazer querer ter você de volta.
Mas, acima de tudo, eu não vou dizer que te amo;
Quando não for verdade.

domingo, 5 de junho de 2011

Eu admito!

Sou ciumenta, mimada, possessiva, insegura, confusa, bipolar, neurótica, maluca, desastrada, desequilibrada, tímida, imatura, azuada, grossa, gulosa e não sei cantar.
Mas duvido que se você procurar bem, não ache uma qualidade ;]



Se alguém souber de mais algum defeito, avisa pra eu pôr na listinha! ;)

Todos os dias


A vida nos dá novas provas, para que aprendamos com elas.
E a cada novo obstáculo, a cada novo esbarrão, a cada nova despedida,
É preciso que sejamos mais FORTES.
É preciso deixar o passado onde ele deve estar.
Para trás.
Guardando o que foi bom, para poder sorrir.
E esquecendo o que foi ruim, para não chorar.
E assim, vamos crescendo.
A cada dia,
quando situações inesperadas
provocam sentimentos e emoções imprevisíveis.
E mesmo que não pareça,
Mesmo que nós não acreditemos ser capazes.
Nós, de algum modo, conseguimos.
Somos fortes!
Sempre que a vida mostra o seu lado mais obscuro.
Sempre que uma dor perfura nosso coração de uma forma insuportável.
Sempre que seguramos as lágrimas até não poder mais.
Nós continuamos vivos...
Continuamos lutando.
Pois é assim que poderemos mostrar nosso valor para todos.
Nós somos fortes!
Não importa o que aconteça.
Nós daremos um jeito.
E encontraremos nosso final feliz!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Eles podem falar o que quiserem


Independente de ser verdade, ou não.
Eles podem pensar o que quiserem,
Mas há algo bem maior dentro de mim
Que eles só vão perceber,
Quando pararem de tentar me entender
Apenas pelo que eu deixo transparecer.




~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome

Me adora - Pitty


quinta-feira, 2 de junho de 2011


Tinha que engravidar, criar, envelhecer, morrer... Como todos esperavam!

Tinha que renunciar, agradar, obedecer, vencer... Como todos desejavam!

Até que ela partiu, ela partiu pra bem longe

Pra distante o bastante pra suportar

Ela partiu, ela partiu pra bem longe

Tão distante parada no mesmo lugar

Ela partiu, ela partiu pra bem longe

Pra distante o bastante pra suportar

Ela partiu, ela partiu pra bem longe

Tão distante, onde nunca deixou de estar

Ela partiu... Ela partiu ao meio.



Longe aqui - Jay Vaquer

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Agora que descobri como voar,


que direção devo seguir noite adentro? [...] A escuridão atrás de mim não me preocupa, nem as estrelas à frente."

"Não entre docemente naquela boa noite

A velhice deve arder e delirar ao fim do seu dia;
Revolte-se, revolte-se contra o apagar da luz.
Embora os sábios, ao morrer, saibam que a escuridão é o certo
Porque suas palavras não provocam centelhas, eles
Não entram docemente naquela boa noite."


Trecho do livro Destino ("Matched") de Ally Condie

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dream girl


Vago no tempo das minhas lembranças.
Do que já passou,
E do que sequer aconteceu.
Perco-me no infinito dos possibilidades
Que eu mesma crio.
E que são apenas do meu conhecimento.
Perco o tempo que passa
Diante dos meus olhos,
Mas que não vejo.
Crio histórias infinitas,
De amores impossíveis
Vencidos por um beijo.
Fujo da correria do mundo
E me perco na minha loucura
De viver sonhando.

domingo, 15 de maio de 2011

Pesadelo


De repente o negro automóvel lançou-se em frente às três garotas.
O que fazer?
Nessas horas a adrenalina parece não surgir.
O cérebro não funciona mais rápido, pelo contrário.
O pavor toma conta do corpo tornando-o teso.
O tempo parece estar em "câmera lenta".
Correr?
Não há como!
O desespero as deixa incapazes de tomar qualquer atitude
E então é isso.
Não como escapar; não há o que fazer.
Apenas aceitar o fato de que irão morrer enquanto esperam por um milagre.
Um vidro aberto deixa transparecer o objeto, tão negro quanto a aura de quem está dentro do automóvel.
Alguém segura uma arma.
A morte parece cada vez mais próxima.
Do outro lado da rua, uma mulher se vira discretamente para observar a cena.
Uma oportunidade?
A garota da direita dá o grito mais alto, estridente e agudo de sua vida. Como ela nunca se julgou capaz de fazer. Esperava que esse grito pudesse salvá-las do destino que estava por vir.
Mas infelizmente, as coisas não sucederam como o ocorrido.
"Pow".
Um barulho irrompe o silêncio que se formou depois do grito.
Olhos assustados e curiosos saem de todos os cantos procurando entender o que aconteceu.
Peito: O local atingido pelo tiro.
Mas a garota da direita percebeu que o tiro não havia pegado nela.
Não era ela que iria morrer.
A garota da esquerda assistia a tudo aterrorizada e boquiaberta.
Incapaz de fazer qualquer movimento e até mesmo de pensar.
O barulho de um corpo caindo no chão.
Foi a garota do meio a atingida pelo tiro.
Seus olhos medrosos e suplicantes atingiram a garota da direito em cheio.
A menina sentiu a culpa preencher todo o seu corpo.
A mais alta e mais bela das três, não teve mais que alguns segundos de vida.
Como presenciar aquela cena?
Ver sua colega morrer diante dos seus olhos.
Morria de culpa, pois sabia que o tiro era para ela, mas uma felicidade crescia em seu peito por saber que ainda estava viva.
Um homem surgiu do nada.
Um colete; um distintivo: Um policial!
De repente tudo se desfez, mas a menina da direita e a menina da esquerda jamais seriam as mesmas. Sempre levariam em sua memória o olhar da menina do meio, enquanto morria sem direto à despedidas.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

- Diálogo


- Mas amiga vocês não tem nada em comum: não gostam das mesmas músicas; não curtem os mesmos tipos de filme; Nem sequer estudam na mesma escola...

A outra não respondeu, então a primeira continuou:

- Vocês não vão ter assunto pra conversar e logo vão enjoar um do outro. Pra que insistir nisso mesmo?

- Porque eu simplesmente não consigo parar de pensar nele. Porque quero estar com ele todo o tempo e quando não estou, o tempo parece não passar, o ar fica pesado, difícil de respirar. Porque com ele posso ser eu mesma e ele me faz sentir especial. Porque é divertido estar com ele, faz eu me sentir bem. Tá bom ou ainda precisa mais?

Depois de um tempo em silêncio a amiga respondeu:

- Tá perfeito!

sábado, 30 de abril de 2011

~>


As dificuldades existem para serem vencidas,
os obstáculos, para serem ultrapassados,
os bons momentos, para serem lembrados
e os grandes amores, para serem vividos intensamente.
Não há fórmulas de como facilitar a vida,
nem de como encontrar a felicidade.
Ela pode estar nos atos mais simples de cada dia.

sábado, 23 de abril de 2011

Pensei q não seria assim...


Mas agora, sei que a veracidade dos fatos não pode mudar o que passou.
Que seja então!
Tenha certeza que eu não voltarei atrás.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

--


É a distância que provoca a saudade;
É o desejo de esquecer que nos faz lembrar;
É a falta que causa a necessidade;
É a insensibilidade que encobre a carência;
E só com o tempo um novo amor cura um coração partido;

terça-feira, 19 de abril de 2011

Gram - Tem cor

Mostra seu rosto
Assim é melhor
Você já é grande
O monstro se foi
Dentro do armário não tem mais
Você não é mais super-herói
Mas os vilões virão
E deste quarto irá ficar só você

Levante a mão
Se quer perguntar
Foi uma fada
Que te soprou
E o encantamento te fez rir
A sua capa de novo é o lençol
Mas você vai ter que voar
Vai lá pra fora e faz melhor

Quando alguém
Vier pra te mudar
Lembra bem
Que o seu olhar
Apesar de grande ainda tem cor
Como um desenho seu
De um homem
Que era melhor

Tem cor

O maior amor do mundo


Quando fecho os olhos posso ver seu rosto
E as feições que eram tão familiares.
Posso ver seus olhos, me dizendo que fiz algo errado
E posso sentir a segurança que sua presença, seu abraço, me dava.
Posso ver os dentes tortos no seu sorriso, que eu amo tanto.
Ou os óculos antigos que marcavam-lhe a face.
O cheiro do seu perfume ainda vive em minha memória
E o jeito como esfregava sua barba por fazer em meu rosto, para me irritar.
Ainda lembro dos apelidos que costumava me chamar
E as coisas que costumávamos fazer juntos.
Ainda ouço sua voz potente ecoando pela casa, enquanto fazia o almoço.
Lembro do jeito como sempre brigávamos!
Ah, como éramos iguais!
Mas, com certeza, do que mais sinto falta, é do seu abraço, pai!
Que vontade que tenho de poder tê-lo novamente.
Mas a forma que encontro pra demonstrar minha saudade,
são as lágrimas que escorrem pela minha face.
E que tento conter em vão.
Saiba, acima de todas as coisas, que eu sempre vou te amar, pai!

-


Cansada de datas, horários, rotina;
Cansada de padrões;
Cansada da sociedade;
Cansada de não ser espontânea;
cansada de você;
cansada de mim;
cansada de todos;
cansada de tudo;
cansada do amor;
e da solidão;
cansada da morte e da vida;
cansada da realidade e da ilusão;
cansada da alegria;
e cansada da tristeza;
cansada de modos, bons-costumes e etiqueta;
cansada da ignorância e da inteligência;
cansada do belo;
cansada do justo;
cansada do bom, cansada do mau;
cansada do sonho;
e cansada da mentira;
cansada do mundo;
cansada do espaço;
cansada do tédio;
cansada da folia;
cansada do sarcasmo e da maresia;
cansada do sim, cansada do não;
cansada do tempo;
e da frustração;
cansei!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

- Música -


I can't hide what I've done
Scars remind me of just how far that I've come
To who it may concern
Only run with scissors when you want to get hurt

(CHORUS)
'Cause I'm a gypsy are you coming with me?
I might steal your clothes and wear them if they fit
me
Never made agreements, just like a gypsy
And I won't back down cause life's already bit me
And I won't cry I'm too young to die if you're gonna
quit me
'Cause I'm gypsy



Shakira

#


Tudo que eu preciso me foi dado. Tudo que quero é o que não posso ter. Vivo pelo desejo de ter o que não possuo e possuir o que já tenho.



‎"Do que me lembro jamais eu falo. Só me dá saudade o que nunca recordo. Do que vale ter memória se o que mais vivi é o que nunca se passou?" - Fala se Sulplício - O último voo do flamingo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Best'as

Tem uma pessoa no mundo com quem eu posso ser infantil, me permitir voltar a ser criança e brincar como nos velhos tempos.

Alguém que me entende, e por mais que a verdade possa doer, a joga na minha cara.

Alguém me diz quando estou errada e que viaja nas minhas loucuras.



Tem uma pessoa no mundo, a quem eu posso contar todos os meus segredos. Que não vai me julgar, nem me condenar por escolhas mal feitas.

Alguém que vai me dar seu colo para eu deitar, seu ombro para eu chorar e seu abraço quando eu simplesmente estiver me sentindo carente.




Tem duas pessoas no mundo com quem eu posso contar sempre. Que não vão me recriminar e vão completar quando eu começar a cantar:


♫ Tinha uma dúzia de porcos tão bonitinhos, tindirilin...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sociopatia

Sorria quando sentir vontade de chorar;
Ignore a dor que arde em chamas dentro de você;
Não use a razão e o bom senso;
Aceite ser humilhado(a) para ficar à margem de quem te pisou;
Seja desonesto e perca a confiança dos seus amigos;
Minta quando for preciso e vá contra seus princípios;
Magoe todos que ama;
Mostre que é burro o bastante para não se importar;
Faça isso e talvez você consiga ter um lugar de destaque como Mais-Novo-Idiota-Pervertido-Pela-Sociedade!

sábado, 9 de abril de 2011

Imaginação


É quando nos transportamos para um mundo novo, como uma forma de escapar desse mundo louco e confuso.
Então, imaginamos,
Duas pessoas, duas almas
Dois corpos e um desejo
Então pintamos um mundo perfeito,
Para onde podemos fugir quando o mundo real é desconfortável.
Mas quando voltamos para realidade, a mínima coisa fora do lugar
E nada mais será como antes.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Uma varanda, uma cadeira de balanço e um caderno velho - Parte II


- Homens não choram! Homens não choram!

Sussurrava repetidamente para si enquanto tentava conter as teimosas lágrimas que insistentemente lhe escapavam dos olhos.

- Eu prometi a mim mesmo que não iria chorar!

Era sempre a mesma coisa! Um ano tentando esquecer e um dia em que tinha que desmoronar.

No começo era mais difícil, doía mais. Com o passar do tempo ele foi se habituando à dor.

Quem visse de longe poderia até dizer que eram amigos.

No início, ele não acreditou, mas quando a dor veio, mostrando que tudo era real, ele a aceitou de bom grado. E foi sucumbindo a ela.

E nunca olhou para trás!

Pois não saberia se teria coragem de seguir em frente.

Foi num fim de tarde outono. O tempo estava morno e o chão repleto de folhas marrons. Mesmo quando o fim de algo se aproxima, tudo que está em volta demonstra toda a sua vivacidade.

“- Eu preciso de um tempo para pensar!”

Foi a pior frase que ele poderia ter ouvido.

Já havia notado que ela estava diferente, deu espaço, deu tempo a ela.

Mas ouvir isso assim, dessa forma... Era dor demais!

Ele não sabia se poderia suportar.

Voltou para casa arrasado naquela noite.

Não queria crer.

Dia 12/09.

O dia a partir do qual, todo ano ele se desmancharia em lágrimas e dor.

Ele esperou, esperou e esperou por ela.

Passou noites acordado esperando que ela ligasse, e mesmo que não dissesse nada, saberia que seria ela do outro lado da linha.

Mas ela não ligou.

“Provavelmente seguiu em frente... Coisa que eu não consegui fazer!”. Ele pensava.

Foi até a casa dela inúmeras vezes, mas não encontrou coragem para bater na porta.

Teve medo, de dizer que ainda a amava enquanto ela poderia estar casada com outro e com filhos.

Então, fez uma promessa a si mesmo.

Que não amaria nenhuma outra mulher; Que não se entregaria a nenhum outro abraço que não fosse o de sua amada.

E assim ele passou os dias.

E em meio a solidão, dialogava consigo mesmo.

Mas um dia, sua loucura se tornou patologia.

E a única herança que deixou, foi uma carta que pediu a seu amigo que entregasse a ela.

A doença ele foi se tornando cada vez mais grave, até que chegou o dia, de sua alma se reunir com os anjos. Como prometido, seu amigo entregou a carta à moça. A carta dizia:

Lúcia,

Sei que se essa carta chegou em suas mãos, é porque eu jamais poderei te ver novamente. Lamento fazê-la perde seu tempo comigo, mas não poderia morrer em paz se você não souber disso: EU TE AMO!

Eu sempre te amei, Lucy!

Mas, por alguma razão, você não me quis mais.

Eu não lutei, Lucy, mas não por falta de amor, mas por aceitar viver sem você, se fosse isso que você realmente queria.

Eu te esperei... Durante cada dia, minuto, segundo da minha vida.

Mas você não veio.

Lucy, espero que você seja muito feliz com a sua família (eu espero que você tenha uma), que te ama muito! (Assim como eu!)

Agora, Lucy, eu vou continuar te esperando, para que um dia, nós possamos, enfim, ficar juntos.

Com amor, Tom.

Ela não chorou, apenas dobrou a carta e a guardou. Voltou para sua casa e sentou-se em sua cadeira de balanço. E a partir desse dia, passou a implorar que Deus a levasse; que a morte não demorasse a chegar, para que pudesse se reunir pela última vez, e para sempre, com o homem que amou a sua vida inteira.