
# Pesadelo real?
Acordei em um lugar estranho. Nunca o tinha visto. Era uma casa, grande, com móveis chiques. Saí do quarto em que estava e me deparei com um corredor com muitas portas. Ouvi um barulho. Vi uma escada. O barulho se repetia. Fui atrás para ver o que era. Estava com medo. Andei por outro corredor, esse era menor. Era escuro e tinha um grande tapete vermelho com alguns detalhes dourados. Tinham quadros nas paredes que pareciam ser realmente caros. Vi uma porta grande e larga na minha frente. Abri devagar. Era uma sala. Havia um casal lá dentro. Quando percebi, eram Felipe e Raquel. Saí correndo pelo corredor, mas ele nunca acabava. Então, eu ouvi uma voz “Ela te traiu”, olhei para os lados mas não vi ninguém. Tentei correr novamente, mas era como se estivesse numa esteira, de repente a voz falou de novo “Ela não considera sua amizade. Ela só quer o seu namorado”. De repente vi uma cobra vindo na minha direção, parei no mesmo instante. Ela era muito colorida, parecia uma cobra coral, mas com uma coloração diferente. Dessa vez não consegui correr, nem andar, nem fazer o mínimo movimento que fosse. Fiquei paralisada de medo. Ela veio rastejando em minha direção enquanto olhava no fundo da minha alma com aqueles olhos estranhos e penetrantes. Meu corpo estremecia por dentro cada vez que ela botava aquela língua para fora da boca. Mas eu não conseguia fugir. Ela veio se enroscando pelo meu pé e foi subindo, gelada como... uma cobra! Quando chegou em meus ombros, sussurrou em meu ouvido “As mentiras estão só começando... Tem muitos segredos que precisam ser revelados... Caroooool”. De repente a cobra havia desaparecido, o fim do corredor foi ficando cada vez mais distante, eu podia ouvir meu nome como um eco. E tudo foi rodando, como se eu estivesse em algum tipo de transe. Eu podia ouvir meu nome sendo chamado ao longe, eu podia ver o corredor se afastando de mim, mas eu continuava parada ali. Então, meus olhos foram ficando pesados, eu fiquei com sono, meu corpo foi se rendendo lentamente, entorpecido. Caí no tapete do corredor e dormi.
- Carol! Carol! Acorde!
Eu ouvia meu nome sendo chamado ao longe, mas aquela voz... me parecia tão familiar. O som foi ficando cada vez mais perto.
- Carol! Levante! Você vai se atrasar pro seu primeiro dia de aula, filha!
Acordei com minha mãe sentada ao meu lado balançando meu corpo como se eu fosse uma boneca de pano.
- Mãe! - Sentei na cama num pulo e não tive outra reação a não ser abraçá-la. As lágrimas começaram a cair no meu rosto.
- Filha! O que houve?
- Eu tive um sonho horrível!
- Quer falar sobre isso?
- Agora não! Só me abraça.
Ela não falou nada. Só ficou ali junto a mim. Me abraçando enquanto minhas lágrimas molhavam suas costas.
Parabéns...trabalhando bem seu talento!!!
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