
# Depois da tempestade sempre vem a calmaria!
Depois de deixar Júlia em casa, Ricardo me chamou pra tomar sorvete e eu aceitei.
Precisava relaxar um pouco depois de toda aquela confusão.
- E então o que foi tudo aquilo?
- Mais um dos encontros-fatais da Julinha. E pra completar ela ainda me levou junto!
- Que roubada!
- Olha desulpa tá!
- Hã? - Ele me olhou com uma expressão confusa.
- Desculpa eu ter feito você passar por tudo isso. Desculpa por eu ter te feito sofrer. Na verdade, eu não tinha esse direito! Você está certo em não me perdoar - abaixei a cabeça - eu tenho que parar de agir como se o que eu faço não tivesse consequências, como se o que eu digo não machuca. Eu sou uma pessoa horrível!
Ele levantou o meu rosto com uma das mãos e me fez olhar para ele. Estava com os olhos cheios de água e não queria que ele me visse chorar. O que poderia parecer patético, pois ele era meu melhor amigo e nós já tínhamos enxugado muitas lágrimas um do outro.
- Você não precisa se desculpar, ou melhor, você não deve se desculpar! Você não é uma pessoa horrível e não tem culpa de eu ter me apaixonado por você e nunca ter tido coragem de assumir. Sou eu quem deve pedir desculpas!
Enxuguei as lágrimas no meu rosto. Olhando para ele meio perplexa. Açgo novo estava dentro de mim. Era como se tudo se encaixasse. O abracei apertado enquanto escondia meu rosto em seu peito. Talvez uma tentativa infantil de me sentir protegida. Eu tinha esses impulsos quando me sentia carente.
Ele acariciou meus cabelos enquanto eu simplesmente via o tempo passar. E ficava realmente me perguntando se aquele momento estava acontecendo.
É estranho como as coisas tem que ficar muito estranhas para de repente tudo parecer perfeito.
Aproveitei aquele momento o máximo que pude, até porque nada que é bom dura para sempre. E como as coisas não estavam indo muito bem para mim resolvi não arriscar.
Depois disso não sei se tudo foi um sonho, só sei que pedi a Deus que virasse realidade!
Fim.
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