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Oiie!

Não devemos por rótulos nas pessoas. Cada um é mais do que aparenta e menos do que dizem. O preconceito é o grande mal da humanidade.

domingo, 14 de novembro de 2010

FANFIC - Parte III



* * *

Jenna

Eu estava na cozinha guardando os pratos do jantar quando a campainha tocou.

- Alaric! Você por aqui? Que surpresa!

- É... Eu estava passando pela vizinhança e resolvi passar aqui e dar um oi. É... Acho que essa já não cola mais né?

- Han... Não! – Nós dois rimos. – E então... O que te traz aqui?

- Muitas coisas e uma em particular. Sabe Jenna, Eu passei dois anos procurando por minha esposa, ou melhor, ex-esposa, e não encontrei as respostas que queria. Acho que na verdade eu queria encontrar a mulher que me amava, ou pelo menos o que restou dela, da mulher que eu amei. Queria saber quando viver comigo não foi o bastante para ela ou se eu fui um meu marido. Não sei se deveria estar contando isso a você, mas...

- Não, não! Está tudo bem! Pode falar o quanto quiser.

-... Mas é que é difícil entender como alguém que te ama pode simplesmente partir.

- Talvez... ela não te amasse o suficiente e...

- E...?

- Deu à outra pessoa a chance de te amar mais.

- Você realmente acredita nisso?

- É só uma teoria, mas... Por que não acreditar?

- É que as vezes nós criamos um propósito na vida, e buscamos aquilo como se precisássemos disso para viver, mas quando a ilusão se vai, o que resta é a dor, a qual não podemos suportar sozinhos. O que quero dizer é: eu vim para essa cidade para descobrir algo sobre o paradeiro de Isabel e acabei não gostando do que descobri. Mas o lado bom dessa descoberta é que pude conhecer você e isso á vale por todo o resto. Acredite! Você é muito especial!

- Uau! – Eu estava sem reação. Depois daquele desabafo e declaração ao mesmo tempo eu não sabia o que fazer. Estava congelada. Sem voz. Não sabia o que falar. Mas aquele era o momento. Ser tia e responsável por dois adolescentes não era tarefa fácil. E minha vida amorosa sempre foi um desastre. Parecia que agora as coisas começavam a tomar seu rumo. O que me assustava porque, segundo a lei de Murphy, “Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”. – Ai! Que mal educada eu sou! Entre, por favor!

- Com licença!

- Você quer um café, ou alguma outra coisa?

- Muito grato pela sua gentileza, mas vou ter que recusar. Como professor, tenho que moderar a taxa de cafeína no sangue.

- Ah! Sei! – Eu me sentia uma adolescente novamente. Com um sorriso bobo estampado no rosto, acho que tava na cara que eu não conseguiria resistir ao seu charme. E acho que ele também sabia disso. Eu só tinha que dar os passos certos, não poderia, como sempre, trocar os pés pelas mãos e arruinar de vez a minha chance de ter um relacionamento bem sucedido. Sorri o mais simpática que podia. – Um copo d’água então?

- Claro! – Ele respondeu com um sorriso largo que fez meu coração galopar no meu peito. Mas ao mesmo tempo, seus olhos pareciam cautelosos. Eu não consegui compreender aquele olhar. Ele parecia cuidadoso, como se estivesse estudando minuciosamente cada palavra, cada gesto, cada ação. Por trás de todo aquele charme de professor de colegial, aquele homem escondia alguma coisa. Um segredo jamais revelado. Isso deveria ser um alerta dizendo “Perigo! Cuidado! Mantenha distância! Fique longe!”, mas quanto mais perigoso mais sentimos vontade de embarcar no desconhecido, de trilhar o caminho mais difícil, o que provavelmente podemos nos arrepender no futuro. Mas quanto mais mistério houver, mais atraídos por ele nós somos.



* * *





Posto mais depois ;*

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