- Quem é você? O que você quer comigo?
- Calada garota!
O homem grandalhão amarrou minhas mãose colocou uma venda nos meus olhos. Eu não fazia ideia do que ele queria comigo, ou com Tom. Aquela carta não fazia sentido algum. Será que ele pensou que se afastando de mim eu ficaria a salvo?
Isso não importava agora. O carro ando durante um tempo muito longo que eu não faço ideia de quanto foi. Depois parou perto de algum lugar com água. Eu podia ouvir a água correndo.
O homem tirou a venda dos meus olhos e eu pude ver onde estava. Mas não adiantaria muita coisa. Eu não sabia que lugar era aquele e não teria chance de escapar dali.
De dentro do carro que eu estava saíram mais dois homens e um outro carro começava a se aproximar.
Ele parou bem na minha frente e eu não sabia se ficava feliz ou triste ao ver quem estava saindo de dentro dele.
- Tom!
Ele me olhou com seus olhos fascinantes como se dissesse "tudo vai ficar bem". Mas eu sabia que não iria.
Então o grandalhão me pegou e encostou uma faca no meu pescoço.
- Tom o que está acontecendo? - Eu mal conseguia falar.
- Ou você fala onde está ou a garota morre! - O homem que estava me segurando falou.
- Onde está o que Tom? - Perguntei desesperada.
- A esmeralda da minha avó. - Ele falou num sussurro que quase não pude ouvir. - Eu ia usá-la para pagar uma dívida antiga de família, mas eles a roubaram de mim. Eu consegui pegar de volta e esconder. - Um silêncio pairou no ar, mas o grandalhão estava ficando impaciente, eu poderia sentir o metal frio na minha garganta quente. - Deixe-a ir! Ela não tem nada a ver com isso! Sou eu quem você quer, não ela!
- Tem razão! - O homem que me segurava me soltou e me empurrou, eu tropecei e caí de joelhos no chão.
Um homem empurrou Tom para o que me segurava, mas Tom deu um golpe nele e foi para a beira do precipício. Então eu entendi de onde vinha o barulho de água.
O grandalhão resmungou alguma coisa enquanto estava caído no chão. Eu não conseguia me mover. Apenas olhava Tom de onde eu estava.
- Você nunca vai ter a esmeralda! E nem a mim! - Tom disse!
- Peguem-no! - O grandão ordenou.
E então Tom se jogou do precipício. Havia muita água e pedras lá em baixo. Eu não fazia ideia do que aconteceria com ele. Ele poderia não sobreviver. E eu não ia ficar esperando resposta.
Uma força sobrenatural tomou o meu corpo. De repente eu levantei e corri, quando vi meu pé já não tocava o chão. Eu estava caindo. Caindo cada vez mais rápido. Estava rezando para que minha pouca experiência com natação me salvasse. Eu não via Tom. Tudo o que estava a minha volta era um paredão de pedra e árvores e de repente tudo foi ficando escuro, escuro. Eu senti a água tocar minha pele. E depois: Silêncio.
FIM! [Pelo menos por enquanto ;)]
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